A chegada do verão é sinônimo de diversão, mas também exige cautela quando o assunto é saúde. Além dos humanos, os pets precisam de atenção redobrada, devido às altas temperaturas da estação. Uma das recomendações básicas das médicas veterinárias da Semeve, Larissa e Juliana Requião, diz respeito ao horário de passeio dos bichinhos com os seus donos. “As temperaturas precisam estar amenas, sendo ideal o início da manhã ou final da tarde. Outra dica é em relação à hidratação, que precisa ser constante, além de ser fundamental um descanso na sombra”, explicam.
De acordo com as veterinárias, o sol forte ainda pode provocar fadiga nos pets, queimaduras nos coxins, que são as almofadinhas das patas, e até afetar a alimentação dos bichinhos. “Com o calor, eles podem passar a comer menos. A recomendação é diminuir a quantidade e aumentar a frequência da oferta da ração, além de escolher horários e locais mais frescos para eles se alimentarem”, ressalta Juliana, enquanto Larissa alerta para o uso de proteção nas patinhas. “Da mesma forma que usamos tênis ou chinelo para nos protegermos do chão quente, o pet também pode usar sapatinhos. Se o animal não se adaptar ao acessório, uma opção é colocar as costas da mão no chão e verificar se a temperatura não irá queimar o pet”.
A hora de dormir também pode ser um tormento para os nossos amigos de quatro patas. “Um local bem ventilado é o ideal. Além disso, já existem colchões e tapetes térmicos, abastecidos com gel, ideais para momentos de calor. Manter a tosa convencional e a higiênica, em dia, ajudará o bichinho a sofrer menos nesse verão”, detalha Juliana. Outro alerta diz respeito aos passeios de carro com o animal de estimação. “É comum o dono dar uma paradinha na rua e deixar o bichinho no veículo fechado, sem ventilação. Isso pode provocar hipertermia, que é o aumento acentuado da temperatura corporal, que pode levar ao choque e até mesmo a morte do animal”, esclarece.
Protetor solar
Engana-se quem acha que o uso de protetor solar é restrito aos humanos. Cães e gatos também podem e devem se proteger das radiações UVA e UVB. “Não é porque o pet tem pelo, que ele está protegido. Há partes do corpo vulneráveis, como focinho, abdômen, bolsa escrotal e orelhas. Quem tem pet de pele clara ou com pouco pelo, deve ficar mais atento. Por isso, é fundamental o uso do protetor solar, que é resistente a água e deve ser usado antes da exposição ao sol”, concluem as veterinárias.
