Animais de estimação são perfeitos aliados da saúde mental humana.
Com certeza você já deve ter ouvido falar dos efeitos positivos da presença de animais de estimação para a saúde mental humana. Hoje a quantidade de cães terapêuticos que atuam em hospitais ajudando pacientes que sofrem de ansiedade e estresse pós-traumático é enorme. Sem falar também na recente adesão de algumas empresas que estimulam os seus funcionários a levarem os seus pets ao trabalho.
Com tudo isso, o impacto de cães e gatos na vida do ser humano consegue ser ainda maior. Estudos realizados mostram que, adotar um pet pode amenizar as dores de pacientes com tipos nocentes de depressões que não estão mais respondendo aos tratamentos médicos convencionais, como a utilização de remédios de altas dosagens.
O periódico e científico Journal of Psychiatric Research, trouxe um estudo no qual 33 pacientes diagnosticados com distúrbio depressivo experimentaram uma melhora altamente relevantes em seus quadros, quando estiveram em contato com pets. Onde desse total, mais de um terço já não tinha mais sintomas suficientes para que fossem ainda considerados com o distúrbio, após serem analisados por 12 semanas. Ainda no estudo, outros 33 pacientes não adotaram animais e assim não mostraram ter qualquer tipo de melhora que pudessem anular ou reduzir os seus sintomas depressivos.
Os participantes da pesquisa eram pacientes de uma clínica psiquiátrica e ambulatorial, na qual, mesmo após 15 meses de tratamento com sessões de terapia e medicações convencionais, haviam apresentado melhor sequer em seus diagnósticos de depressão. Por esse motivo, os pesquisadores resolveram associar ao estudo, a possibilidade de melhora com os pets, onde os mesmos serviriam como auxiliares no tratamento do distúrbio depressivo.
Como o estudo funcionou?
Os pacientes continuaram participando das suas rotineiras sessões de terapia e utilizando as suas medicações, no entanto, alguns deles fizeram a adoção de animais de estimação. Durante as 12 semanas, os psiquiatras conseguiram observar que os novos donos de pet começaram a demonstrar nítidas suavizações apenas nas quatro semanas iniciais do estudo.
As diferenças entre os dois grupos apareceram de maneira muito mais avaliatória na oitava semana e, ao fim da décima segunda, havia um grande afastamento entre os grupos quando o assunto era a melhoria no quadro da depressão, tanto em homem quanto em mulheres.
Uma das razões associadas à melhora pelos estudiosos, diz respeito ao fato de os animais de estimação neutralizarem a anedonia. A anedonia é uma incapacidade de experimentar prazer vistos em atividades que rotineiramente são agradáveis, por exemplo, atividades físicas e convívio em sociedade. Atividades essas que os pets às suas maneiras, forçam os seus donos à praticarem e, em muitas vezes, “obrigam” ao convívio em sociedade, atividades que antes não eram realizadas. Mas vale ressaltar: os pets não são a cura para os distúrbios depressivos, eles agem como auxiliares no processo do tratamento e é preciso que o paciente se afeiçoe à companhia deles.
A dupla ressalta que os cães podem proporcionar o benefício adicional de forçar seus donos a praticar atividades físicas e, muitas vezes, vivenciar novas situações sociais.
“No entanto, eles não são uma cura para esse tipo de doença e os benefícios só aparecem em pessoas que apreciam pets e têm tempo, atenção e dinheiro (para alimentação e cuidado veterinário) para gastar com eles.”
Fonte: IFLScience; Revista Galileu.
